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2010-03-01

Yo-Yo Ma, Kathryn Stott


Não houve concentração disponível para mais ou melhores bonecos.
Também não me farão falta para recordar um dos melhores concertos a que assisti.
Vieram-me as lágrimas com a Arpeggione Sonata.
Não conhecia nenhuma das outras quatro composições nem imaginava nenhuma relação entre elas mas o programa não podia ser mais coerente.
Passando por diferentes latitudes e longitudes, num intervalo de 150 anos, as peças tocadas: Schubert, Chostakovitch, Piazzola, Gismonti/Carneiro e Franck foram sempre andando à volta de um sentimento apaixonado e contado desde o murmúrio amoroso à raiva possessiva, sempre com uma beleza extraordinária.
É a história do costume mas mais bonito não há.
Não se passa por um concerto destes sem uma emoção profunda.
Obrigado pelos bilhetes.

6 comentários:

  1. Arranjar bilhetes é que não deu mas ficou o assobio destas palavras nos sons de Yo-Yo Ma.

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  2. Além dos belos desenhos agora temos belos textos!
    Obrigado pela partilha da inspiração.
    Abraço

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  3. O brilho do ébano da escala do violoncelo.

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  4. O romantismo de Schubert é assim, até às lágrimas: os trios d.898 e d.929, os lieder(para além dos 3 ciclos), as missas, as sonatas para piano, os quartetos, enfim... desta altura lembro-me assim, de repente, de Turner, de Beethoven, de Constable (isto é uma entremeada sonora e visual).
    Sem desprimor para os outros compositores apresentados, tenho um especial apreço pelo Shostakovitch. Dos modernos é dos meus preferidos (quartetos, prelúdios e fugas, concertos para violoncelo).
    Se Yo-Yo Ma tivesse actuado a solo, sem dúvida apresentaria as suite para violoncelo de Bach. Das peças musicais mais bonitas, que ele tão bem interpreta.
    Acho o programa aliciante. Porque não se fixa numa época. Mas há um leitmotiv.

    E o desenho? Em consonância.

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  5. e, posto isto, parece que la estive tb...
    ainda bem que foste :)

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  6. Grande sensibilidade, para a música e para a vida!
    Maria

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