

Uma é a planta do jardim de Queluz, outra é a planta do jardim de Monserrate.
Sem nos afastarmos muito podíamos também comparar a planta do jardim do Convento dos Capuchos (antes da "recuperação") e o jardim de Seteais (onde até um monte foi aplanado).
É assim com os jardins, é asssim com as pessoas.
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Lembrei-me de aproveitar estes desenhos antigos e parece que não fui claro, mas vou tentar explicar o meu ponto de vista.
No Convento dos Capuchos cada pequeno recanto do terreno natural é aproveitado com muita ternura e grande respeito. As pedras, as linhas de água, os recantos naturais foram aproveitados e toda a ocupação humana se fez com a menor intervenção possível e sempre com o sentido da reversibilidade (até ao “restauro”).
Em Monserrate a situação é semelhante mas mais pretensiosa. Ao ponto de se criarem ruínas ou cascatas “naturalmente artificiais”.
Em Queluz fizeram-se aqueles belíssimos jardins com uma intervenção profunda ao nível paisagístico. Tudo no seu lugar. Simétrico. Ordenado e orientado. Convergindo para a supremacia da intervenção humana.
Em Seteais o enorme e lindo relvado que valoriza a fachada simétrica (simétrica agora porque inicialmente não havia esta fachada e a entrada era lateral) foi conseguido à custa de um cabeço que foi aplanado.
Também há os jardins de Inverno(aqueles espaços de transição usados nas residências, para no Inverno os habitantes mimarem com muito amor as plantas).
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