Os meus desenhos de Carnide começaram
pelas azinhagas.
São estruturas urbanas interessantíssimas, condenadas ao
desaparecimento por absoluta desadequação às solicitações urbanísticas atuais.
Não deixam no entanto de ser bonitas e interessantes sempre cheias de
interrogações e surpresas de percurso. Caminhar nas azinhagas é um romance. O
Hitchcock poderia fazer um catálogo de linguagem cinematográfica só com
exemplos de troços de azinhagas.
Quando leio as passagens do Carlos ou do Ega na tipóia “…
bate para os Olivais…” ou quando o Camilo fala de embuçados de capa negra e
escopeta de carregar pela boca são estas imagens que vejo.
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