WebOficina no âmbito da #quarentenadesenhada dos USkP:
Para além da importância do ter ou não ter jeito para o desenho (Ah! Discussão antiga e sempre recorrente), há um aspecto que não me deixa dúvidas:
A capacidade de riscar linhas direitas ou letras regulares não é inata! Depende apenas de aprendizagem, treino e tempo.
E nem sequer é fundamental para grande parte dos desenhos que fazemos. Há desenhos que são lindos apesar de completamente amolgados.
No entanto é conveniente, às vezes, conseguir um traço preciso, uma linha direita, um gradiente de valores ou um conjunto de marcas regulares. Para isso é importante treinar a mão.
VAMOS AO GINÁSIO!
Aqui ficam alguns exercícios que podem ser feitos com qualquer riscador, em qualquer lugar e em qualquer ocasião. Até durante aquelas reuniões mais chatas (bastava fingir que estávamos aplicadamente tomando apontamentos).
Algumas explicações da esquerda para a direita, de cima para baixo:
1. Encher um quadrado de rectas paralelas. A dificuldade aumenta se for deixada uma reserva em que parte das linhas serão interrompidas.
2. Espiral. Pode ser desenhada de dentro para fora ou VV. Pode-se aumentar ou diminuir a distância entre linhas.
3. Serpentinas, ou qualquer outro motivo que, concentricamente, vão sendo mais carregadas, em degradé.
4. Riscar rectas ortogonais apoiando a mão na borda do caderno. Quanto mais afastadas da borda menos fácil é.
5. Bocas sobre linhas, letras e algarismos.
6. Desenhar pontos o mais afastados possível e uni-los por linhas rectas.
7. Experimentar vários padrões em quadrados contíguos para experimentar valores em degradé.
8. Encher um rectângulo de linhas quebradas formando um padrão regular
9. Abecedários e frisos horizontais
10. Linhas e frisos verticais - Não vale virar o caderno. É mesmo diferente desenhá-los ao alto ou ao baixo.
11. Há reuniões que são assim.
12. Desenhar rectângulos e preenche-los com padrões diferentes. Quanto maiores os rectângulos mais difícil o exercício. A dificuldade (e a eficácia) do exercício também aumente se o caderno ficar sempre na mesma posição em vez de o rodar para cada conjunto de linhas.
13. Experimentar abecedários e frisos com tamanhos diferentes.
14. Espiral com abecedário incluído. Aqui tenho mesmo de rodar o caderno!
Seria importante que estes exercícios não fossem feitos sempre ao estirador, mas também num sofá, em pé, encostado a uma parede, num local ventoso, no autocarro... em qualquer lugar, porque é aí que vamos usar o diário gráfico.
Como estamos reduzidos a desenhar em casa fica à imaginação de cada um a escolha de condicionantes que simulem as dificuldades mais comuns da vida de um urban sketcher. Contem como foi.
3 comentários:
É urgente manter os postos de trabalho dos Ginásios! Os Ginásios são promotores da saúde e bem-estar da comunidade!
... lembrei-me do caderno " Desenhar as Vogais com Sarah Affonso".
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