Perdoem-me, senhores, habituais frequentadores deste espaço de catarse e purificação da alma riomaiorense. Não sou daqui mas vim ter aqui, a esta a que atribuiram o título de cidade. Tem esta afirmação um duplo sentido que esclareço: não sendo nativo de Rio Maior, aqui vim parar empurrado pelos caprichos da vida e aqui resido (cheguei a escrever "aqui vivo" mas substituí pelo predicado mais administrativo "resido"). No sentido mais imediatista, de facto, também não sou daqui, habitual leitor e/ou participante deste blog, mas aqui vim parar à procura de informação adicional sobre o anunciado Ciclo de Cinema a decorrer desta substituta Casa da Cultura. É deveras impressionante! Soube, por acaso, da realização de um, que viria a ser excepcional, concerto de Jazz em torno de Dixieland. Ninguém mais me esclareceu, porque ninguém das minhas relações sabe, acerca de pormenores dos ciclos que se anunciam em panfleto de cinema, de bandas filarmónicas, de teatro, de dança, de fado e, imagine-se, um ciclo de boas compras e boas festas! Bem tento diversificar as minhas relações e insinuar-me a esta sociedade riomaiorense para me manter informado destes acontecimentos. Sem sucesso! E parece que consultando este espaço dos três w's também não me safo! Bom, fiquei a saber que o Paulo Bento esteve em Rio Maior a fazer o curso: fiquei feliz por ele!! Até pode agora descarregar a fotografia de grupo onde aparece também um Wally meia-leca de pomposo bigode que, penso eu, não vive (nem reside!!) na cidade mas que está gasto (no asfalto) de tanto conduzir os destinos desta cidade do rio maior ("maior que as ribeiras mais pequenas", parafraseando o professor José Hermano Saraiva, quando em Maio passou por aqui para cumprimentar o colega de escola na infância). Voltando ao senhor roda-vinte... Este, dizia eu, reside fora daqui, aposto, longe do pó, longe dos buracos, longe do tractor que esguicha água e nos borra o carro todo quando tenta disfarçar o caos em que esta cidade de Santa Engrácia se quedou. A acrescentar aos labirínticos mas lúdicos percursos empedrados, sinalizados no gabinete de algum puto borbulhento danado para a brincadeira, aos semáforos que retardam mas metropolizam o trânsito citadino, e às vias anarquicamente cortadas, encontro-me em condição de, à medida que me desloco na minha viatura (que não é todo-o-terreno!!), ensaiar as mais elaboradas bojardas, patacoadas, blasfémias, injúrias, e obscenidades, tendo sempre o mesmo destinatário: o roda-vinte tão estimado na cidade! E há quanto tempo, Sr. Preseidente? Desde Fevereiro?? Março?? Abre buraco, fecha buraco!! Tira pedra, põe pedra!! Aliás, esse negócio das pedras é rentável, não será, sr. presidente?? Chega!! Já decidi: que se borrife o ciclo de cinema! Vou continuar a viver fora daqui porque aqui não se vive! Reside-se! ... mas vou daqui (deste blog) mais aliviado! Obrigado por existires!
Obs.: Não me levem a mal esconder-me por detrás de um anónimo mas não tenho cartão do Partido e como tenho casa aberta em Rio Maior...
3 comentários:
...
o que se esconderá atrás?
COOL! So simple, so cool.
Perdoem-me, senhores, habituais frequentadores deste espaço de catarse e purificação da alma riomaiorense.
Não sou daqui mas vim ter aqui, a esta a que atribuiram o título de cidade. Tem esta afirmação um duplo sentido que esclareço: não sendo nativo de Rio Maior, aqui vim parar empurrado pelos caprichos da vida e aqui resido (cheguei a escrever "aqui vivo" mas substituí pelo predicado mais administrativo "resido"). No sentido mais imediatista, de facto, também não sou daqui, habitual leitor e/ou participante deste blog, mas aqui vim parar à procura de informação adicional sobre o anunciado Ciclo de Cinema a decorrer desta substituta Casa da Cultura.
É deveras impressionante! Soube, por acaso, da realização de um, que viria a ser excepcional, concerto de Jazz em torno de Dixieland. Ninguém mais me esclareceu, porque ninguém das minhas relações sabe, acerca de pormenores dos ciclos que se anunciam em panfleto de cinema, de bandas filarmónicas, de teatro, de dança, de fado e, imagine-se, um ciclo de boas compras e boas festas! Bem tento diversificar as minhas relações e insinuar-me a esta sociedade riomaiorense para me manter informado destes acontecimentos.
Sem sucesso! E parece que consultando este espaço dos três w's também não me safo! Bom, fiquei a saber que o Paulo Bento esteve em Rio Maior a fazer o curso: fiquei feliz por ele!! Até pode agora descarregar a fotografia de grupo onde aparece também um Wally meia-leca de pomposo bigode que, penso eu, não vive (nem reside!!) na cidade mas que está gasto (no asfalto) de tanto conduzir os destinos desta cidade do rio maior ("maior que as ribeiras mais pequenas", parafraseando o professor José Hermano Saraiva, quando em Maio passou por aqui para cumprimentar o colega de escola na infância).
Voltando ao senhor roda-vinte... Este, dizia eu, reside fora daqui, aposto, longe do pó, longe dos buracos, longe do tractor que esguicha água e nos borra o carro todo quando tenta disfarçar o caos em que esta cidade de Santa Engrácia se quedou.
A acrescentar aos labirínticos mas lúdicos percursos empedrados, sinalizados no gabinete de algum puto borbulhento danado para a brincadeira, aos semáforos que retardam mas metropolizam o trânsito citadino, e às vias anarquicamente cortadas, encontro-me em condição de, à medida que me desloco na minha viatura (que não é todo-o-terreno!!), ensaiar as mais elaboradas bojardas, patacoadas, blasfémias, injúrias, e obscenidades, tendo sempre o mesmo destinatário: o roda-vinte tão estimado na cidade!
E há quanto tempo, Sr. Preseidente? Desde Fevereiro?? Março?? Abre buraco, fecha buraco!! Tira pedra, põe pedra!! Aliás, esse negócio das pedras é rentável, não será, sr. presidente??
Chega!!
Já decidi: que se borrife o ciclo de cinema!
Vou continuar a viver fora daqui porque aqui não se vive! Reside-se!
... mas vou daqui (deste blog) mais aliviado! Obrigado por existires!
Obs.: Não me levem a mal esconder-me por detrás de um anónimo mas não tenho cartão do Partido e como tenho casa aberta em Rio Maior...
Enviar um comentário